O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta segunda-feira a alta taxa de juros no país e afirmou que ela deveria ter sido reduzida no passado.
"O Banco Central não é a Santa Sé. Não sou contra incentivos tributários, mas é preciso um mecanismo que não puna os municípios", disse ele em entrevista à rádio "CBN".
Segundo ele, o Brasil continua com a maior taxa de juros do mundo. Como alternativa, defendeu uma política a médio e longo prazo.
O tucano defendeu ainda a autonomia do BC, mas afirmou que se houver "erros calamitosos", o presidente deve interferir e opinar.
Serra também destacou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornal espanhol "El País" de que qualquer candidato que vencer as eleições não trará "nada de absurdo" para o Brasil.
Para o tucano, essa foi uma afirmação importante porque é quase um "jogo de terrorismo" dizer que se o candidato do PT não vencer haverá uma calamidade no país. "O Lula não deve estar preocupado, tanto como imaginam, se a candidata dele [Dilma Rousseff] não ganhar."
Serra também defendeu um estado forte, musculoso, mas não obeso, e afirmou que do ponto de vista da análise convencional, é de esquerda. "Defendo um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil, defendo o ativismo governamental."
O tucano afirmou que, se eleito, irá criar o Ministério da Segurança. "É uma coisa indispensável no Brasil, o consumo de drogas e o tráfico de armas é alimentando no exterior. O governado federal tem que jogar, não pode se esquivar mais."
Serra destacou como suas prioridades a segurança, a saúde e a educação. Segundo ele, o Bolsa Família deve ser mantido. "Ele ajuda os necessitados, mas precisa ser
fortalecido."
Vice
O tucano evitou comentar sobre o nome que irá compor sua chapa como vice. "Não estou me metendo muito nesse assunto. Vai ser alguém da base aliada, mas qualquer coisa que eu disser aqui vai dar margem à fofoca."
Serra afirmou que não vai lotear cargos e nem aparelhar o Estado com o PSDB.
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