Atarde
Parentes, amigos e colegas de corporação de 10 policiais do 9º Batalhão de Policia Milita (BPM), protestaram neste domingo, 9, contra a detenção dos PM’s. Os policiais são de Vitória da Conquista e estão presos preventivamente no Batalhão de Choque em Salvador, acusados de participação em casos de homicídios e desaparecimentos.
Os manifestantes dizem que a prisão é arbitrária e criticaram a forma como foi feita a operação para cumprimento dos 10 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão no último dia 05.
Uma nova manifestação está marcada para a próxima terça-feira, 11, a partir das 9 horas, e tem como destino final a sede da Procuradoria Regional do Ministério Público. “Meu irmão se apresentou voluntariamente logo que soube”, contou Eduardo Ribeiro, irmão do sub-tenente PM, Arlande Ribeiro de Almeida. Ele conta que, no dia da prisão, dois policiais armados com fuzis ficaram em frente à porta de sua casa e outros seis foram para a sala. “Minha mãe, de 67 anos, chegou a passar mal de nervosa. Não havia necessidade daquilo, já que os policiais se apresentaram”, disse.
Operação – A operação contou com mais de 150 policiais de diferentes corporações. A esposa do sub-tenente, a psicóloga Ana Cândida Lobo, questiona a prisão do marido. “Ele só foi preso porque estava de plantão no dia”, assinala.
Ela contou que o sub-tenente está há 20 anos na polícia, também nos municípios de Aracatu e Barra do Choça. “Levantei a ficha dele e só tem elogios. O pessoal de Aracatu, onde ele ficou 10 anos, pede sempre que ele retorne”, afirmou.
Os manifestantes se encontraram por volta das 9h30 na Praça da Saudade e durante mais de duas horas caminharam pelas ruas da cidade segurando cartazes e faixas, soprando apitos e gritando palavras de ordem: “Direitos Humanos sim, injustiça não”, “Polícia na prisão e ladrão soltando rojão”, alardeavam, numa referência à comemoração de traficantes quando foram presos os 10 PM’s, na última terça-feira.
Dia das Mães – “Hoje é Dia das Mães e meu filho não está aqui comigo”, comentou a mãe de um dos policiais, que pediu para não ser identificada. Com um terço na mão, afirma que fala com o filho todos os dias. “Ele está confiante de que vai dar tudo certo porque não fez nada”, frisou.
A esposa de Ronildo Vieira da Silva, Sandra Oliveira, disse que tem sofrido muito com a prisão do marido, mas que do outro lado do telefone ele lhe passa força e confiança. Sanda lembra que Vitória da Conquista, uma cidade com mais de 300 mil habitantes, não tem um centro de recuperação para jovens infratores, que são apontados como os causadores da maior parte das ações criminosas.
“Porque o governo não faz um local de recuperação ao invés de gastar dinheiro em megaoperação para prender policiais?”, questionou
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