De mãos dadas rumo às eleições deste ano, o PR, do senador César Borges, e o PMDB, do pré-candidato ao governo Geddel Vieira Lima, começam a fazer as contas da aliança na chapa proporcional, ou seja, quem deve perder ou ganhar vagas para deputado estadual e federal. Nem republicanos nem peemedebistas admitem perdas, mas o certo é que o páreo será duro na disputa por votos. Com base nisso, a formação do “chapão” com o PTB, PSC e o PRTB ganhou nova repercussão na Assembleia Legislativa.
Contudo, ao menos por enquanto, o que era temido pelos partidários do governador Jaques Wagner (PT) tem sido visto com “bons olhos” pelos aliados do ex-ministro Geddel.
Segundo os peemedebistas, o apoio dos republicanos para a coligação na esfera proporcional deve oferecer resultados positivos. “Não vamos ter prejuízos. Ao contrário, quanto maior o número de candidatos, maior a bancada. A chegada do PR veio somente para engrandecer. Ganhamos seis deputados estaduais, quatro federais e mais 40 prefeitos.
A expectativa é que toda coligação faça de 22 a 25 deputados estaduais”, avaliou o líder do PMDB na Assembleia, deputado Leur Lomanto Jr.
Até quem rechaçava o apoio do PR comemorou a adesão, como foi o caso do deputado Luciano Simões (PMDB), que até a semana passada resistia na aliança por prevê que os republicanos pudessem “roubar” vagas de candidatos, especialmente os dos partidos menores.
“Vamos concorrer todos na mesma igualdade. Só iremos ganhar, pois os votos do PR vão recair em todos os deputados estaduais e federais, favorecendo a toda coligação”, afirmou. Simões disse que mudou de opinião após as últimas conversações com o partido e o êxito do fechamento da aliança no último fim de semana. “Só tomamos consciência da quantidade de candidatos que eles tinham depois. Hoje o quadro é outro”, justificou.
Na bancada do PMDB, a tendência é de reeleição dos nove representantes e eleição de quatro a cinco novos parlamentares. No entanto, nos bastidores, comenta-se a perda de uma vaga, mas nada que desanime o bloco que analisa a adesão do PR como possibilidade de crescimento da candidatura de Geddel ao Palácio de Ondina.
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