Para Lúcio, Wagner “estrangula” os prefeitos


Ascom

O presidente do PMDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, acusou o governador Jaques Wagner de “estrangular” os prefeitos baianos, por se manter inflexível ao pedido de compensar os municípios pela queda de receita, em decorrência da crise econômica. Ele fez essa declaração ao retornar de uma maratona de viagens por dez municípios de diversas regiões, nos quais conversou com lideranças políticas e prefeitos, inclusive do PT, partido do governador.
“A insensibilidade do governador não atinge simplesmente os prefeitos, mas a população. Ele (Jaques Wagner) deveria se espelhar no exemplo do presidente Lula, que compensou os estados pela perda de receitas e dar essa mesma compensação para os municípios”, ressaltou.
De acordo com o presidente do PMDB, o desagrado dos prefeitos em relação à posição inflexível do governador se fez notar no encontro que ele teve em Almadina com lideranças da região. Entre os presentes, a prefeita de Coaraci, Josefina Castro (PT) e o prefeito de Itajuípe, Marcos Brandão, do PP, partido que integra a base governista de Wagner.
“É evidente o descontentamento dos prefeitos com a postura do governador de não ouvir os prefeitos em relação ao grave momento que os municípios vêm enfrentando”, disse Lúcio.
Ele lembrou também a luta que vem sendo empreendida pelo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Roberto Maia, que inclusive liderou uma manifestação de prefeitos, chegando à porta da governadoria, sem que nenhum deles fosse recebido pelo governador.
“Wagner, que ser diz republicano, esquece que o principal ente federativo é justamente o município. Como se republicano sem ouvir os prefeitos?”, indagou o presidente do PMDB.


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