A petrolífera Shell encontrou novos indícios de petróleo e gás na área de influência do pré-sal da bacia de Santos. A empresa comunicou à ANP (Agência Nacional do Petróleo) a descoberta no bloco BM-S-54, que fica próximo ao bloco BM-S-10, conhecido como Parati e operado pela Petrobras.
A Shell havia encontrado petróleo no pré-sal apenas na parte capixaba da bacia de Campos, no bloco Nautilus.
A companhia anglo-holandesa tem 100% do bloco, mas já acertou a venda de 20% para a francesa Total. O negócio precisa ser aprovado pela ANP.
O bloco está localizado a cerca de 200 quilômetros ao sul do Rio de Janeiro, em uma área de 700 metros quadrados, a aproximadamente 2.000 metros de profundidade.
Atualmente, a companhia produz em torno de 80 mil barris por dia no Parque das Conchas, nos campos de Argonauta BWest, Abalone e Ostra, na bacia de Campos.
PRÉ-SAL
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

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