O novo governador em exercício do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), reuniu-se hoje com secretários de Estado e determinou a suspensão de contratos entre o governo e empresas citadas nas investigações da Operação Caixa de Pandora. "Em razão do exposto, e considerando o atual cenário político-administrativo, determino, em caráter preventivo, a suspensão de todo e qualquer pagamento relativo à execução de contratos firmados entre a administração direta e indireta do Distrito Federal e as empresas citadas no referido inquérito e já de conhecimento dessa pasta, até a conclusão das adequadas apurações", escreveu o governador em exercício, em carta ao secretário de Fazenda, André Clemente.
Em encontro com a presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Anilcéia Machado, o governador em exercício pediu "máxima prioridade" às auditorias feitas pelo órgão para analisar os contratos já firmados. Iniciado há dois meses, o trabalho segue sem prazo para ser concluído, informou a assessoria do TCDF.
Ao longo do dia, Wilson Lima reuniu-se com aliados, assessores, equipe de governo e deputados. É um esforço para garantir a governabilidade, algo que o seu antecessor, Paulo Octávio (sem partido), não conseguira.
Pela manhã, Lima reuniu-se com 19 secretários para discutir o prosseguimento das ações governamentais. Solicitou que os secretários fizessem relatórios de cada pasta, disse que pretende fazer uma transição tranquila e considerou inoportuna uma possível intervenção no Distrito Federal.
Após o encontro, o secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM-DF), comentou que governador em exercício havia dito que ficaria no cargo até abril, para disputar um novo mandato nas próximas eleições. A informação foi negada pelo secretário de Comunicação do DF. "O governador está consciente do momento político, sabe que tem de fazer opções, vai abrir mão de qualquer aspiração política em nome da governabilidade", rebateu André Duda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário