Divulgação/Presidência da República
R7
Lula é recebido por Fidel Castro em Havana no dia em que o cubano completa dois anos longe do poder, entregue a seu irmão Raúl Castro; morte de dissidente político após 85 dias de greve de fome pode ser tema de conversa entre os líderes.
HAVANA (AFP) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, em Havana, que lamenta "profundamente" a morte do preso político cubano Orlando Zapata, falecido na véspera após dois meses e meio de greve de fome.
"Lamento profundamente" este falecimento, disse Lula à AFP quando partia do hotel rumo ao Palácio da Revolução, onde se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro.
Dezenas de presos políticos cubanos firmaram uma carta pedindo a intervenção de Lula na libertação de dissidentes, mas o líder brasileiro afirmou não ter recebido qualquer documento e assinalou que cabe ao governo cubano conversar com seus dissidentes.
Ao menos 50 presos políticos pediram a Lula, em carta aberta, que intercedesse pela libertação dos dissidentes e se envolvesse no caso de Zapata, um pedreiro negro de 42 anos detido em 2003 e condenado a 32 anos de prisão por "desacato" ao governo e "desordem pública".
"Já está morto (Zapata), mas ainda há muitos presos políticos doentes que deveriam estar em suas casas porque não fizeram nada. Vamos ver se Lula se interessa por isto", disse à AFP Berta Soler, do grupo das Damas de Branco.
Na carta, os dissidentes presos também destacam que Lula "seria um magnífico interlocutor" para se obter do governo cubano "as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente requeridas" na Ilha.
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