Soluções, dinamismo e proatividade. Estes são os principais fatores que os empresários desejam ao contratar um novo funcionário. A cada dia o mercado de trabalho se torna mais inchado, mais concorrido e o diferencial está não apenas nos cursos de aperfeiçoamento, mas em palavras e expressões do candidato e até do novo funcionário. Coisas do tipo “vou ver o que posso fazer” são condenadas por psicólogos e podem demonstrar uma possível falta de interesse na realização da atividade solicitada.
Conforme a diretora do Grupo Soma, Sonia Carminhato, é de fundamental importância que o candidato ou até mesmo o funcionário tenha cuidado nas expressões. “Frases assim denotam pouca proatividade”, alerta. O que segundo os especialistas pode ser o limite em permanecer no trabalho ou deixar a vaga para uma outra pessoa.
Especialistas alertam ainda para a expressão "eu não sei", que pode demonstrar, além da falta de interesse em realizar o que foi pedido, a intenção de não querer aprender e, consequentemente, galgar novos espaços. Segundo Carminhato, quando realmente for necessário deve-se usar “eu não sei” seguido de “vou procurar a resposta”, do que fingir que sabe. “Dizer ‘eu não sei’ é sábio, desde que venha a parte da proatividade depois”, diz.
Outro destaque é para o “vou tentar”, que, segundo os especialistas, significa “não quero fazer, mas não vou dizer isso agora”, o que também é condenado dentro de uma empresa. Porém, o mais importante é que o funcionário tenha paixão pelo trabalho, pela atividade que é exercida. Desta forma, se o projeto não der certo, provavelmente é porque não era a hora - e não porque você não deu seu melhor.
"Tanto faz" também é uma expressão condenada e que pode significar, segundo os especialistas, “quero me livrar desta proposta logo”. Utilizá-la cria um muro entre o empregado e o empregador. “Talvez” e “eu não sei” podem soar como “não quero tomar uma decisão” e pode ser uma forma de não querer fazer mais do que é de costume. “Muita gente faz isso para não entrar muito afundo nas questões do trabalho e ficam como robôs. Mas um funcionário sem resposta suficiente e sem querer se destacar nas atividades não é interessante para a empresa”, explica a psicóloga Roberta Sandes.
Existem expressões ainda que podem significar a total falta de interesse para quem escuta, como: “Eu te dou um retorno”, o segundo os especialistas quer dizer “quero adiar o andamento deste projeto”. Conforme eles, ao ouvir uma dessa deve-se insistir na pergunta: “Quando voltamos a nos falar?” e lembrar que é necessário um retorno.
O valor da apresentação
Outro destaque de Sandes é para a iniciativa do trabalhador. “É comum observarmos as pessoas quererem jogar a culpa nos outros, mas cada um tem o seu papel e a sua função que deve ser feita com presteza e dedicação”. De acordo com ela esse tipo de atitude pode transparecer para o interlocutor como uma falta de comprometimento. “E que o funcionário não quer saber o andamento nem do trabalho que lhe compete”, completa.
Postura, roupas, sapatos e acessórios também são fundamentais para o funcionário. Diariamente o Serviço Municipal de Intermediação de Mão-de-Obra (Simm), assim como o Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) ofertam diversas oportunidades de emprego. Segundo Sandes, as posturas são decisivas no ambiente de trabalho. “A apresentação adequada é fundamental. A vestimenta deve ser a mais discreta possível, assim como a maquiagem, no caso das mulheres que devem evitar decotes e saias curtas”.
Em caso de dúvidas a formalidade e o estilo clássico devem ser preservados. “Além da tranquilidade e segurança durante as atividades”, lembra. Segundo a psicóloga, a objetividade também não deve ser descartada. “Deve sempre ser claro nas ideias e indagações, nada de rodeios que só confundem”.
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