O novo diretor do Conjunto Penal de Jequié, José Carlos Moraes Trindade, nomeado nesta terça-feira (8) pelo governador Jaques Wagner (PT), está com o registro suspenso na Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia (OAB-BA). Não se sabe o motivo do impedimento, pois o processo corre sob sigilo institucional. Embora esteja impossibilitado de exercer a advocacia, o novo gestor assume o presídio após o seu antecessor, Deolindo da Silva Neto, pedir exoneração do cargo. Ele sofria pressões desde dezembro de 2010, quando a unidade foi alvo da operação batizada de "Baculejo", que acabou com as regalias dos detentos e prendeu três agentes penitenciários acusados de praticar atos de corrupção dentro do complexo. De acordo com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), responsável pela indicação de Trindade, com base na Lei de Execução Penal número 7.210, de 11 de julho de 1984, o ocupante do cargo não precisa estar com a carteira da OAB ativa. Ele apenas tem que ser portador de diploma de nível superior de Direito, Psicologia, Ciências Sociais, Pedagogia ou Serviços Sociais.
(David Mendes)
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