Caso Bruno: delegado será investigado por suspeita de propina

NEY RUBENS
Direto de Contagem

O goleiro Bruno de Souza afirmou no final da tarde desta quinta-feira, durante audiência no Fórum de Contagem (MG), que foi subornado e ameaçado pelo delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelo Departamento de Investigação de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais. "Desejo registrar uma queixa contra o delegado Edson Moreira", disse Bruno à juíza Marixa Fabiane Lopes.

Bruno afirmou que o delegado pediu uma propina no valor de R$ 2 milhões para livrar ele e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, do indiciamento do inquérito, transferindo a culpa para Luiz Henrique Romão, o Macarrão. O pedido de propina, segundo Bruno, teria sido feito para Bola. O ex-jogador do Flamengo interpretou a proposta como uma ameaça e disse ainda ter sido "achacado" pelo delegado no DIHPP.

"Isso para mim serviu de ameaça. Ele colocou algumas imagens onde estavam a minha mãe e as minhas filhas e foi bem claro: sei onde elas moram e, se alguma coisa acontecer com elas, você já sabe quem foi", disse Bruno. Essas imagens seriam fotos de jornais. A proposta de propina teria sido relatada a Bruno por Bola durante um banho de sol na Penitenciária Nelson Hungria.

O promotor de Justiça Gustavo Fantini, após ouvir a queixa de Bruno, afirmou à juíza Marixa Fabiane Lopes que vai abrir um inquérito para investigar as denúncias. O delegado Edson Moreira pode ser denunciado pelos crimes de concussão - ato de exigir para si ou para outro dinheiro ou vantagem em razão do cargo que ocupa - e corrupção passiva.

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