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Após 30 dias de investigação, a Polícia Federal pediu nesta quarta-feira a prorrogação do prazo para apurar as suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo familiares da ex-ministra Erenice Guerra.
No pedido, o delegado Roberval Vicalvi afirma que ainda não é possível concluir a investigação com os depoimentos prestados à Polícia Federal e pede mais tempo para trabalhar no inquérito.
Até agora, os principais envolvidos no caso, como os filhos de Erenice Guerra, optaram pelo silêncio por não saberem as "conotações políticas" dos delatores do caso.
Ainda não há prazo definido para o fim da investigação. No documento, o delegado elencou a Justiça Federal quais as diligências são necessárias para a conclusão do inquérito e então o juiz definirá o prazo.
A PF investiga se houve tráfico de influência na atuação da empresa Capital Consultoria, dos filhos de Erenice, em contratos e licenças do governo federal, em troca de uma "taxa de sucesso".
A então ministra Erenice Guerra, braço direito da presidenciável Dilma Rousseff (PT), pediu demissão após a Folha publicar que o consultor Rubnei Quícoli, da empresa EDRB, disse ter sido procurado por representantes da Capital Consultoria para viabilizar financiamento do BNDES.
Na mesma semana da demissão, a revista "Veja" também havia publicado reportagem que apontava que o filho de Erenice e a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, à qual é ligado, fizeram lobby para ajudar a MTA a obter a renovação de uma concessão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Após as acusações, o contrato dos Correios com a empresa foi revogado.
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