Capitaneada por Geddel e ACM Neto, campanha pelo voto útil em César cresce nas oposições


Durante evento de campanha da deputada estadual Maria Luíza (PSC), ontem, num hotel em Patamares, o deputado federal ACM Neto (DEM), defendeu abertamente o voto útil no senador César Borges (PR), num movimento que várias lideranças das oposições passaram a capitanear na reta final da campanha como forma de evitar o que consideram projeto hegemônico do governo Jaques Wagner (PT) de eleger dois candidatos ao Senado nas eleições de domingo.

“A Bahia não pertence a um só partido. A Bahia não é vermelha. As cores da Bahia são o vermelho, o azul e o branco”, disse ACM Neto para uma platéia ampla. Em seguida, o democrata elogiou César Borges. “É preciso reconhecer o trabalho que César Borges fez em favor da Bahia tanto no governo como no Senado”, disse ACM Neto, que também atacou os candidatos de Wagner ao Senado – Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT).

“Lídice foi a pior prefeita da história de Salvador e Pinheiro foi secretário de Wagner e também nada fez por Salvador”, prosseguiu o deputado, que foi assistido de perto pelo prefeito João Henrique (PMDB) e pela ex-primeira-dama do Estado Tércia Borges, mulher e candidata a suplente na chapa do senador republicano. A pregação pelo voto útil em César foi feita no mesmo dia, mais cedo, pelo candidato do PMDB a governador, Geddel Vieira Lima.

Discutida pelas bases democratas, peemedebistas e até tucanas desde que a disputa pelo Senado se afunilou com o crescimento das candidaturas governistas, a idéia do voto útil se disseminou também entre as lideranças oposicionistas, que não vêem problema em que, ainda que algumas coligações tenham dois candidatos, um deles peça votos para Borges naquelas regiões em que tem a preferência do eleitorado.

A coligação a que ACM Neto pertence lançou dois candidatos ao Senado – o deputado federal José Carlos Aleluia e o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ambos do DEM. “As oposições chegaram à conclusão de que tem que ter o voto útil para assegurarem uma vaga ao Senado”, diz um deputado democrata, apoiando a iniciativa de ACM Neto, que passou o dia de ontem em visitas a bases políticas nas ilhas ao lado de Tércia Borges.

Ele avalia que, como os demais candidatos do campo oposicionista não chegaram ao mesmo nível de competitividade que Borges, a pressão pelo voto útil no senador aumentará à medida que se aproxime a hora da votação. Beneficiário direto da estratégia, o senador republicano exulta com o movimento e nega que os demais candidatos oposicionistas, inclusive Edivaldo Brito (PTB), com quem divide a chapa ao lado de Geddel, possa sair prejudicado com ela.

“O voto de Edivaldo fica com ele. Ninguém está tirando voto de ninguém. O voto dos democratas também permanecem com eles, apenas votando-se no candidato de sua preferëncia e escolhendo como parceira a nossa candidatura. Trata-se de um voto de resistência ao desejo hegemônico do atual governo de eleger os dois senadores”, afirma Borges, confiante em que a estratégia dará o resultado esperado no domingo.

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