
Cidade do Vaticano, 8 set (EFE).- O Vaticano afirmou hoje que a ideia do pastor Terry Jones, do estado americano da Flórida, de queimar cópias do Corão é um "ultraje a um livro considerado sagrado" por uma comunidade religiosa.
O Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso afirmou em comunicado que "ouviu com viva preocupação a notícia da proposta de 'Dia da Queima do Corão' para o 11 de setembro, aniversário dos trágicos ataques terroristas de 2001 que causaram numerosas vítimas inocentes e enormes danos materiais".
"Não se pode solucionar aquele desprezível ato de violência contrapondo um gesto de grave ultraje ao livro considerado sagrado por uma comunidade religiosa", ressalta.
Para o Conselho Pontifício, "cada religião, com seus respectivos livros sagrados, lugares de culto e símbolos têm direito ao respeito e à proteção. Trata-se do respeito devido à dignidade das pessoas e a sua liberdade de escolha em matéria religiosa".
Todos os responsáveis religiosos e todos os crentes "estão convocados a renovar a condenação de cada forma de violência, em particular aquela realizada em nome da religião", acrescenta.
O Conselho para o Diálogo Interreligioso sustenta que "a necessária reflexão que se impõe a todos na lembrança do 11 de setembro, renova, sobretudo, nosso sentimento de profunda solidariedade com todos os que foram abalados pelos horrendos ataques terroristas".
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