A quadrilha formada por paulistas e um uruguaio, que tentou assaltar na madrugada de ontem a agência do Banco do Brasil de Tancredo Neves, a 500 km de Salvador, estava sendo assessorada por um grupo de moradores da região. Os nomes não foram divulgados pelo coordenador do Grupo de Repressão a Roubo contra Estabelecimentos Financeiros da Coordenação de Operações Especiais (COE), Marcos Tebaldi, mas uma operação está em andamento para que os responsáveis pela logística do bando sejam também presos, como adiantou.
A tentativa de assalto resultou nas mortes dos paulistas Douglas Alberto Barreira, 34 anos; Fábio Alexandre Anselmo de Oliveira, 27 anos, e do uruguaio Alejandro Punchaes Rosas, 35 anos, líder do bando e conhecido como “Alemão”.
O bacharel em direito Cristiano Lino de Menezes, 29 anos, também paulista, que não quis conversa com os jornalistas, preso no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santo Antônio de Jesus, quando tentava escapar como passageiro dentro de uma van que faz transporte alternativo na região, foi apresentado ontem pelos policiais do COE, no início da tarde. O farto e novíssimo material de solda, espingarda calibre 12 e dois revólveres calibre 38 apreendidos durante a ação policial também foram mostrados à imprensa. Dois homens continuam foragidos e as identidades não foram reveladas.
“Alemão” fez o planejamento e todo o contato para a logística da quadrilha. É esse grupo agora que a polícia está atrás. Segundo o coordenador Tebaldi, todos os nomes já são conhecidos e “já existe representação pela prisão dessas pessoas”. Essa segunda parte da quadrilha levantava o funcionamento do banco, saídas estratégicas, movimento e operacionalidade da agência.
Os policiais sabem que a quadrilha é responsável por inúmeros assaltos no estado, mas descarta a possibilidade de ser também autora da ação em Condeúba, a 700 km de Salvador, onde oito homens com farda do Exército assaltaram as agências do Branco do Brasil e Bradesco. “O grupo é radicado em São Paulo e realizou diversos assaltos na Bahia anteriores ao de Condeúba”, enfatizou, sem querer dar detalhes. A quadrilha é formada por homens experientes.
Ao chegarem à cidade, que tem pouco mais de 20 mil habitantes, os marginais se dirigiram diretamente à torre de telecomunicações para desativá-la, o mesmo fazendo com a energia. Eles sabiam que o circuito de segurança da agência estava desativado e, diferente da maioria que começa o assalto pelos caixas eletrônicos, foram direto para o cofre do banco. Estavam iniciando o corte com maçarico quando foram flagrados pela polícia.
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