A expansão do turismo é o novo vetor de desenvolvimento do território do Médio Rio de Contas, que já possui comércio e indústria fortes.
Os municípios têm o privilégio de se situarem em uma zona de transição entre a Mata Atlântica e a caatinga, o que garante matéria-prima para o turismo ecológico. No entanto, a região necessita de investimentos estruturantes do Estado para o aproveitamento deste potencial.Na sua principal cidade, Jequié, o maior exemplo de atração turística mal-aproveitada é a Barragem da Pedra, um imenso manancial aquático incrustado em meio ao semiárido, a 26km da sede do município. Há uma extensão de 80 km banhados pela barragem e somente três bares em funcionamento, que praticamente só recebem clientes aos domingos ou no verão. Para chegar, uma estrada de terra esburacada e pouquíssima sinalização.
A reportagem visitou o local em um sábado e passou por dois bares completamente vazios. Mato crescendo sem cuidados ao redor das estradas dava um aspecto de abandono, só contornado ao encontrar os proprietários dos estabelecimentos. “Não tem como sobreviver. Eu tenho um outro comércio na cidade e tem meses que eu tiro dinheiro de lá pra poder manter aqui”, conta Joaldo Aiadi, 52. No seu Quiosque da Ilha, as mesas e cadeiras plásticas amontoadas já mostravam que a expectativa de movimento não era boa. Alguns quilômetros à frente, o Bar do Pirão, famoso por ser flutuante (mesas e cadeiras estão dentro de um quiosque amarrado por boias), teve mais sorte. Dois clientes consumiam enquanto conversavam com o proprietário, Jailton Teixeira, 51 anos, conhecido como “Pirão”. O investimento de R$ 40 mil no bar, iniciado há dois anos, ainda não foi compensado pelas vendas.
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