A juíza Marixa Fabiane Lopes, de Minas Gerais, aceitou, na quarta-feira, o parecer do Ministério Público, expedido pelo promotor Gustavo Fantini sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Dessa forma, ela decretou a prisão preventiva do goleiro Bruno, do seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e dos outros sete envolvidos no suposto assassinato da estudante.
Os mandados de prisão preventiva, inclusive da Fernanda Gomes Castro, suposta amante do goleiro, já estão com a polícia e ela é considerada foragida a partir de agora. O jogador e Macarrão já tinham mandados de prisão preventiva decretados pelo Tribunal de Justiça do Rio, por causa do suposto sequestro de Eliza, em 2009.
"Nós acreditamos que a liberdade deles agora pode prejudicar bastante o andamento do processo", disse Fantini. Ao contrário da prisão temporária, que terminaria nesta quinta-feira, a prisão preventiva não tem prazo para vencer. "O trabalho que a polícia fez foi brilhante, face que as provas muitas vezes foram apagadas pelos autores. Eu considero hoje que há provas tanto suficientes para a denúncia quanto para a condenação", disse Fantini.Conforme Fantini, todos foram denunciados pela prática de homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, corrupção de menores e ocultação de cadáver. A exceção é o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de homicidio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. "O crime foi premeditado, sem dúvida. Bruno foi o mandante e um dos executores", disse o promotor.
Agora, os suspeitos serão interrogados, e as testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas pela juíza que decide se aceita a denúncia e manda ou não o caso a júri, segundo Fantini. "Existe um prazo legal de 90 dias, mas que pode ser alterado se houver a necessidade. Os suspeitos podem permanecer calados se quiserem", afirmou.
Somadas as acusações, Bola pode pegar 36 anos de pena máxima e os demais acusados, 42 anos. Sobre a participação da mulher do goleiro, Fantini acredita que ela sabia de todo o planejamento. "Não vou entrar em detalhes, mas Dayanne fez parte do acordo e da execução do crime."
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