A Bahia registrou, no último semestre, a maior média mundial de mulheres assassinadas. O estudo Mapa da Violência 2010, do Instituto Zangari, demonstra que a média no Estado é de 3,5, ultrapassando o índice de 2,6, registrado em todo o planeta. O estudo tomou como base os dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados do Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep) indicam que 115 mulheres foram assassinadas na Bahia de janeiro a junho deste ano. O número representa 5,4% dos 2.116 homicídios ocorridos no Estado neste mesmo período.
Historicamente, os assassinatos eram praticados, em sua maioria, por maridos, ex-companheiros ou namorados e tinham como principal motivação a passionalidade. "Mas, agora, boa parte das mortes, mesmo de mulheres, está ligada de alguma forma ao tráfico de drogas", afirmou o diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), Cleandro Pimenta.
O delegado explica que o principal motivo da mudança tem origem na ligação do grupo feminino com vendedores de entorpecentes. "Eles utilizam companheiras, namoradas e até irmãs e mães para esconder drogas. Nas disputas entre eles, muitas acabam sendo alvo dos criminosos", afirmou.
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