radialista Roque Santos
O radialista Roque Santos disse que dividiu o dia seguinte à confusão no Barradão entre entrevistas e uma ida ao dentista. Roque Santos foi quem mais apanhou na briga após o jogo entre Vitória e Goiás válido pelo Campeonato Brasileiro.
"Ele está com um problema na boca e com dificuldade para falar. O local está muito inflamado, não sei se também dará para conversar com você", disse Luiz Santos, irmão do radialista 'pivô' da briga com jogadores e integrantes da comissão técnica do Goiás, nesta quarta-feira, após o 2 a 2 com o Vitória, que terminou na delegacia.
"A revolta sobre a situação", porém, fez Roque pegar seu celular e atender à Folha.
"Ainda ontem [quarta], fui ao IML [Instituto Médico Legal] fazer exame de corpo de delito e depois a uma clínica na região metropolitana [de Salvador]. Hoje, tive que fazer tratamento odontológico", disse o repórter da "Metrópole FM", que contou que teve quatro dentes atingidos pelo murro do atacante Rafael Moura, autor do primeiro gol da partida --no chão, alegou ainda ter recebido chutes do meia Romerito e do zagueiro Marcão.
"O médico colocou uma proteção para ver se vai precisar fazer canal ou até remoção. Além de continuar doendo, para você ter ideia, sinto um incômodo na parte superior da boca", completou Roque.
Ele aproveitou para dar sua versão do ocorrido e negou ter batido o microfone no rosto do técnico Leão: "Não bateu, não. As imagens são claras. Eu fiz a primeira pergunta: 'professor, o que foi que aconteceu?'. Ele disse 'tira essa porcaria do meu rosto'. Eu falei 'calma, estou apenas perguntando'. Aí ele 'você está é forçando eu responder' e empurrou meu rosto. Depois botou o dedo no meu nariz, e tirei com meu microfone".
OUTRO LADO
O presidente do Goiás, Syd de Oliveira, afirmou que o treinador só comentará o caso na manhã desta sexta, em entrevista coletiva no clube. Porém, defendeu os envolvidos.
"Realmente, foi um incidente lamentável, nada justifica [a violência], mas estamos tranquilos com relação a isso. O Leão apenas revidou a uma agressão grosseira e inútil. Ele, naquele momento, estava tomado por um estado de excitação, em razão do calor do jogo, inclusive porque o gol do empate [já nos acréscimos] surgiu em um lance irregular, porque o juiz não deu falta bem antes, na origem da jogada".
Segundo Oliveira, o treinador se dirigiu ao centro do campo "para tirar os jogadores", que foram reclamar com o árbitro.
"O repórter quis entrevistá-lo, ele falou que não e chegou a ferir a boca do Leão. Naquela situação, qualquer pessoa reage, até instintivamente, e depois houve uma série de tumultos. Teve um policial que colocou o cachorro para cima do Romerito e grande parte da imprensa entrou na história. Vale lembrar que, na história do campeonato, sempre fomos um time disciplinado".
O delegado Pedro Andrade, do 10º distrito policial de Salvador, informou que todos os acusados foram indiciados por crime de lesão corporal e vão aguardar os próximos trâmites em liberdade.
Na esfera esportiva, o procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, afirmou ao site do órgão que solicitou as imagens e ainda decidirá em qual artigo deve denunciar os profissionais do Goiás.
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