EUNÁPOLIS - Produtores de mamão do extremo sul da Bahia estão passando por dificuldades. As temperaturas baixas prejudicaram o desenvolvimento das frutas.
Foi um susto. Apesar da queda na produção durante o inverno ser esperada pelos produtores de mamão, o impacto assim tão grande, de 85%, se quer foi estimado. Na plantação, há folhas amarelas e frutos que não amadurecem. A colheita, que era feita diariamente por mais de 80 pessoas, ocupa apenas dez trabalhadores.
A explicação para a queda na produtividade é a temperatura. No extremo sul da Bahia a média durante o dia é de 26º e à noite de 22º. Mas neste inverno os termômetros chegaram a marcar 11º.
“Isso causou um grande prejuízo. Tem que manter toda a estrutura funcionando sem produção. O preço sobe, mas a produção é muito pequena”, explicou o agricultor Ulisses Brambini.
Mais de mil toneladas de mamão eram beneficiadas por mês, um volume abastecia apenas o mercado interno. Em junho esse número caiu para menos de 200 toneladas.
A fábrica que funcionava em dois turnos, de segunda a sexta-feira, agora está parada. Os funcionários estão recebendo folga. Agora, as máquinas só funcionam duas vezes por semana.
Para conseguir atender a todos os clientes e continuar exportando para 11 países seu Ulisses teve de buscar soluções. “A gente está conseguindo trabalhar com maracujá. A gente está brincando com os distribuidores dizendo que maracujá é bom para acalmar os ânimos devido à falta do mamão”, disse.
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