O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informou na noite desta quinta-feira (15) que foi negado o pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno Souza e e mais seis suspeitos no caso do desaparecimento da ex-amante dele, Eliza Samudio. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os pedidos foram distribuídos para a 4ª Câmara Criminal e foram analisados pelo desembargador Doorgal Andrade. "O mérito do habeas corpus ainda será julgado pelos integrantes da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça", diz em nota o TJ.
O habeas corpus, protocolado pelos advogados Ércio Quaresma Firpe e Claudineia Carla Calabund, se estenderia a Bruno, sua mulher, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Elenilson Vitor da Silva, Wemerson de Souza (o Coxinha), Flavio Caetano de Araújo, Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão), e o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales Camelo. Com a decisão, todos os acusados permanecem presos.
No pedido, a defesa citava o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluzo, para argumentar que: “A menos que seja absolutamente necessário, não se deve mandar um criminoso para a cadeia. A prisão não deve funcionar como uma satisfação dessa pulsão primitiva que o ser humano tem pela vingança”.
Os advogados defendiam o princípio da presunção da inocência. Segundo Quaresma, “no presente caso, salvo a necessidade de se torturar física e psicologicamente os suspeitos, nada mais justifica o encarceramento deles, em especial do ora paciente”. Segundo o defensor, Bruno é goleiro, um atleta disputado pelos clubes de mais alto nível, que está tendo prejudicada a carreira “em virtude da segregação de sua liberdade que não se mostra necessária".
Depoimentos e quebra de sigilo
Nesta quinta-feira (15) Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, prestou depoimento por cerca de cinco horas no Departamento de Investigações de Belo Horizonte. Bola é apontado como a pessoa que supostamente matou a moça. O suspeito não estava com advogado e a polícia não falou com a imprensa após o depoimento.
Nesta quinta-feira (15) Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, prestou depoimento por cerca de cinco horas no Departamento de Investigações de Belo Horizonte. Bola é apontado como a pessoa que supostamente matou a moça. O suspeito não estava com advogado e a polícia não falou com a imprensa após o depoimento.
Também foram ouvidos hoje os dois primos do goleiro acusados de envolvimento no caso: J., 17, que confessou participar do sequestro de Eliza e que permaneceu calado, e Sérgio Rosa Sales Camelo, que reafirmou o que já havia dito sobre o caso. Camelo afirma que Bruno viu Eliza ser morta.
Também hoje, atendendo a um pedido da Polícia Civil, a juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de BH, autorizou a quebra de sigilo telefônico de Bola, e mais quatro investigados no desaparecimento. A medida é referente também a Wemerson de Souza (o Coxinha), Flavio Caetano de Araújo, Elenilson Vitor da Silva e o menor J., primo de Bruno de 17 anos.

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