JEQUIÉ - COOPERJE UM SONHO, UMA REALIDADE


Pessoal que trabalha de maneira sub-humana


As condições ambientais em que vivem os catadores do aterro sanitário de Jequié são extremamente adversas. O intenso mau cheiro e os gases exalados pelo lixo; a fumaça tóxica permanente, proveniente da combustão espontânea dos gases; a presença de incontáveis insetos (moscas domésticas, varejeiras, baratas), roedores, urubus e animais mortos em decomposição; a grande quantidade de lixo hospitalar misturado ao domiciliar; as pequenas e miseráveis moradias provisórias construídas de papelão, lonas plásticas e madeiras retiradas de uma área vizinha ao aterro, convivem mulheres, homens e crianças fincadas no meio do mais baixo nível e miserabilidade humana. A ingestão de restos de alimentos deteriorados, retirados do lixo já enterrado por máquinas (basta os funcionários sairem do local após o serviço,que começa outro serviço, daí é pá, enxada, cavador, mão e tudo que eles encontram pela frente serve para escavação. ) ; a maioria das vezes para o próprio consumo, o uso indiscriminado e imoderado de bebidas alcoólicas; a não utilização de equipamentos de proteção individual como luvas, botas e máscaras contra gases – todo esse panorama miserável e tenebroso, cheio de insalubridade, conduziu-nos, antecipadamente, a um péssimo diagnóstico sobre a saúde dos catadores.
Na contra-mão da melhor oprtunidade de trabalho os badameiros continuam no aterro sanitário.  No último dia 25/04 no jornal ATARDE, noticiou e mostrou um lado da realidade que incomoda a toda sociedade,  seus representantes e o grupo de badameiros que trabalham para sustentação de seus familiares. O correspondente da região sudoeste, esqueceu de perguntar a quem realmente poderia responder, sobre a funcionabilidade e suas particularidades. Na verdade o município de Jequié jamais contratou nenhuma empresa de vigilância armada para atuar no Aterro Sanitário sob nenhuma alegação.
O aterro sanitário de Jequié recebe em média 100 ton. de lixo díariamente, dos quais cerca de 10 ton, mais de 30 badameiros não-cooperados selecionan para reciclagem com posterior venda a atravessadores tudo que conseguem com seus trabalhos clandestinos.

                       Galpão da COOPERJE

OUTRO LADO DA HISTÓRIA


Já a COOPERJE outras 82 ton são recolhidos das residências, empresas privadas e públicas, por outros 25 cooperados que trabalham nas ruas da cidade, recolhendo plástico, papelão, garrafas pet, vidros diversos etc.

                          Esteira de 25 metros para seleção de materiais

A Cooperje têm em seu quadro 52 cooperados que trabalham com dedicação e respeito a vida. Um galpão com 1240 m², a cooperativa de catadores possui 2 caminhões 3/4 novos, adquiridos com recursos do (BNDS e PETROBRÁS), uma esteira de 25 mts com capacidade para 30 homens, três prensas hidráulicas (capacidade 10 ton dia) elevador de carga (600 kg), fragmentadora de papeis (4000 kg dia)70 carros para coleta porta-porta, 66 container de 2000 lts (para coleta seletiva em instituições privadas e públicas) um refeitório completo e muita auto-estima, dedicação e determinação.

                         Grupo de cooperados atuando em ruas da Cidade

Segundo Jucilene Borges e Zenaide Almeida de Oliveira, a média salarial de cada cooperado é entre r$ 268,00 a 328,00 mês, "o dinheiro é muito importante, mais o que gratifica é o fato do reconhecimento da sociedade pelo nosso trabalho." Dona Anita Martins de Jesus," Um dia quero ver aparecer um homem que faça uma intervenção para regularização deste aterro sanitário, ali realmente tem uma guerra diária. Olhe moço, hoje aqui temos um cartão de crédito de r$ 150,00 e nunca deixei atrasar um pagamento" disse com  o orgulho em alta.

                          área de armazenagem de materiais selecionados

De olho na crescimento da Cooperativa que vem funcionando de maneira organizada e elevada satisfação, os Diretores Carlos Antonio Santana Santos e Zenaide Almeida, estão buscando junto a Fundação Banco do Brasil, recurso para ampliação de mais um galpão de 600 m² para trabalharem com chamados plásticos duros (que não podem tomar sol e chuva).

                       Caminhão para coleta adquirido com recursos Petrobrás/Dnds

Segundo Josimar que atua na parte administrativa da Cooperje, todos os meses são pagos em dia seus vencimentos e não temos nenhum registro de atraso de pagamento. "Para se ter uma ideia nossos cooperados a partir do terceiro mês recebe um cartão de crédito no valor de r$ 150,00 cada, temos pessoas aqui que de felicidade chega a chorar de alegria, em ver fruto de seus trabalhos convertidos em dignidade, auto-estima e diz que suas vidas em tudo mudou e só tem agradecer a Deus por estar na Cooperje.
Balança para pesagem de materiais

Para melhor desenvolver e ampliar seus trabalhos a Cooperje está aceitando novos cooperados, que segundo Josemar, com o aumento de consumo da população, e novos empreendimentos que estão sendo abertos em nossa cidade a demanda é cada vez maior. A unica resalva é que só serão aceitos catadores com pérfil para o trabalho, após avaliados e participado de capacitação.

A turna da cooperje recolhendo materias nas festa do Hiper Cardoso

Reunião dos Cooperados com a Secretária de Desenv. Social Dra. Lélea Amaral

Reunião dos cooperados para capacitação

Cooperada Damiana em ação

Comissão de venda do material reciclado

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