11 de maio de 2010 (Bibliomed). As mulheres que apresentam excesso de gordura abdominal podem ter um maior risco de desenvolver câncer no pâncreas, segundo estudo publicado nesta semana na revista científica Archives of Internal Medicine. De acordo com especialistas da Universidade de Nova York, os resultados confirmam a relação entre a obesidade - indicada pelo índice de massa corporal (IMC) - e o risco do desenvolvimento de tumores nesse órgão.
Avaliando dados do Instituto Nacional do Câncer, incluindo mais de 2 mil pessoas com câncer pancreático e 2,2 mil sem a doença, os pesquisadores descobriram que, para todos os participantes, havia uma relação entre o aumento do IMC e um maior risco de desenvolver a doença. De forma geral, a quarta parte do grupo de participantes que apresentava maior IMC tinha 33% mais chances ter o câncer, comparados àqueles de menor índice corporal.
De acordo com os autores, porém, a circunferência da cintura - que indica obesidade abdominal - teria uma relação ainda mais forte com a doença, principalmente entre as mulheres. Os resultados mostraram que aquelas que tinham sobrepeso eram 31% mais propensas ao câncer, comparadas às mulheres com peso normal, e o risco era 61% maior entre as obesas; as mulheres com maior circunferência da cintura em relação ao quadril, por sua vez, tinham 87% maior risco de desenvolver câncer pancreático.
"Esses resultados, juntamente com aqueles de estudos anteriores, apoiam fortemente o papel da obesidade no desenvolvimento do câncer pancreático", concluíram os autores em artigo publicado na revista científica.
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