O PAC das Invasões

Luiz Holanda


A segunda versão do Programa de Aceleração da Corrupção- PAC-2, lançado como plataforma política da enteada do filho do Brasil, bem demonstra a falta de seriedade de seus autores, blindados que estão de qualquer ato que possa incriminá-los, principalmente dos que poderiam revelar as tramóias praticadas em nome do social, hoje resumido à corrupção e às bolsas eleitoreiras.
Ao lançar o programa, o presidente usou de toda sua comunicabilidade para enganar os incautos, sabendo, de antemão, que teria o apoio da mídia, ávida por notícias sensacionalistas e sem conteúdo. Ninguém se lembrou de dizer que o PAC-2 é apenas uma versão mal acabada do PAC-1, que serviu para Lula inaugurar canteiros de obras superfaturadas, já que, na realidade, o programa se resume a uma reciclagem de previsões de investimentos em vários setores, sem, no entanto, sair do papel.
Enquanto isso, dona Dilma deixa o governo com um salário de 18 mil mensais pagos pelo PT, naturalmente provenientes de recursos de origens até agora não anunciadas, e vai comandar a campanha tendo como escritório uma mansão de causar inveja a qualquer Ser humano. Ao deixar o governo para entrar na disputa, dona Dilma o fez de acordo com o que foi programado. Sabendo que sua candidata jamais disputou sequer uma prévia eleitoral, sua excelência vem, desde dois anos atrás, tentando fazê-la conhecida, apesar da falta de carisma da escolhida aliada a uma antipatia congênita. Tudo foi planejado para essa eleição, inclusive a escolha dos componentes do comitê que dirigirá a campanha.
Ficaram de fora alguns dos petistas históricos, a exemplo do ex-ministro José Dirceu e de outros mensaleiros acusados de corrupção. A candidata já havia se negado a comparecer à festa de aniversário do ex-ministro, em Brasília, com medo de ser identificada aos desmandos do qual o aniversariante foi protagonista enquanto esteve na chefia da Casa Civil. Outro que ficou de fora foi o Delúbio Soares, ex-tesoureiro da legenda, que negociou com o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, o pagamento de 50 milhões de dólares da dívida da campanha petista de 2002. O ex-ministro Luiz Gushiken, amigo de Marcos Valério (o homem que transferia dinheiro para os envolvidos no mensalão) também ficou de fora.
Não se sabe se gente como o filho do ministro dos Transportes de Lula, Alfredo Nascimento, participará da campanha publicitária. Este jovem universitário, que responde pelo nome de Gustavo de Morais Pereira, fundou uma empresa publicitária que, em apenas quatro anos de governo Lula, construiu um patrimônio de R$ 1,28 milhão. Segundo o que foi divulgado pela imprensa, esse fenômeno contou com o apoio do amigo do presidente, o advogado Adalberto Magalhães Martins, seu sócio numa empresa de publicidade que nunca chegou a funcionar, a G de M Pereira e Cia. Ltda.
Mas o clã que comandará a campanha tem gente como Sarney, Renan Calheiros e outros, denunciados como autores de um verdadeiro arsenal de delitos acobertados pela impunidade. Dona Dilma conta também com o apoio de Fernando Collor, aquele do “Engula e digira” contra o senador Pedro Simon. Também deverá entrar na campanha petista o MST, criada para proporcionar as ações criminosas enquanto as ONGs ligadas ao movimento receberam mais de 150 milhões de reais do PAC para incentivar as invasões.
A roubalheira institucionalizada chegou ao ponto de desmoralizar o ambientalista Chico Mendes, explorado por Lula em todas as campanhas eleitorais. A viúva desse senhor, Ilzamar Mendes, sua filha Elenira e seu genro, Davi Cunha, estão sendo acusados do desvio de R$ 685 mil de um instituto que leva o seu nome criado pela família há apenas três anos. Segundo o Ministério Público, esse pessoal falsificava recibos de pagamentos a funcionários do próprio instituto visando se apropriar do dinheiro.
Isso bem demonstra que a corrupção no governo do PT generalizou de tal maneira que hoje o país é dominado por uma gangue de corruptos, malfeitores, fraudadores do dinheiro público e por criminosos que se aproveitam das fragilidades do Estado em causa própria. Esse descalabro atinge todos os poderes, inclusive o Judiciário, cuja mais alta corte, O STF, sai manchada pela gestão do ministro Gilmar Mendes
Como se vê, o Programa de Aceleração da Corrupção- PAC-2 é mais um projeto de obras inacabadas e de inaugurações de canteiros superfaturados, aptos a servir de palco de desmandos e corrupção, neste vasto e imenso lamaçal em que se transformou o governo deste país nesses últimos oito anos.



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