Hugo Chávez divulga decreto de estado de emergência elétrica na Venezuela
Redação SRZD
Depois de sofrer com o plano de racionamento de energia implantado desde janeiro pelo presidente Hugo Chávez, os venezuelanos foram surpreendidos, nesta terça-feira, pelo decreto de estado de emergência elétrica. A nova medida de Chávez prevê desde sanções a quem exceder o consumo até descontos na tarifa para quem economizar.
De acordo com o decreto, os venezuelanos com consumo acima de 500 quilowatts/hora por mês - cerca de 24% dos consumidores residenciais - devem reduzir o consumo em 10%. Se eles não atingirem a meta, o preço da conta vai ficar 75% mais caro. Os que ultrapassarem o consumo em 20%, o aumento na tarifa será de 200%.
No entanto, quem conseguir economizar pagará menos. A redução de 10% no consumo terá um desconto de 25%. Quem economizar 20%, terá abatimento de 50%.
A emergência elétrica foi decretada por 60 dias e poderá ser prorrogada. A crise elétrica é atribuída a uma seca que esvaziou a gigantesca represa de El Guri, responsável por 70% da geração de energia elétrica do país.
"Estamos prontos para decretar a emergência elétrica porque, na verdade, é uma emergência", disse Chávez.
Apesar dessa justificativa, alguns analistas e a oposição dizem que a crise se deve a anos de falta de investimentos no setor e responsabilizam Chávez por não preparar o sistema para o aumento da demanda.
O decreto permite ao governo acelerar a tranferência de recursos para enfrentar a crise. Faltando sete meses para as eleições legislativas, as medidas impopulares podem estragar os planos de Chávez de manter a maioria na Assembléia para implementar as reformas legais necessárias para seu projeto socialista
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