Depois de ter dito, na semana passada, que na Bahia, o PMDB vai dançar conforme a música, referindo-se às declarações do presidente Lula de que não iria a Estados onde huvesse palanque duplo para a candidata Dilma Rousseff, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima vibrou com a posição defendida, na última terça-feira, pelo vice-presidente da República, José Alencar. Referindo-se à situação mineira, onde PT e PMDB também não se entendem, disse Alencar: “Eu acho que podemos perfeitamente, se não houver um acordo, ter dois palanques de apoio à eventual candidatura da Dilma“.
Em entrevista ao jornalista Cláudio Leal, do Terra Magazine, Geddel disse que estas declarações do vice só fortalecem sua posição. E relembrou a situação das eleições municipais de 2008, em Salvador, quando PT e PMDB se desentenderam e o prefeito João Henrique (PMDB) teve que enfrentar o petista Walter Pinheiro: “O presidente e Dilma sabem como funciona o duplo palanque na Bahia. O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), acolheu o PT até abril do ano da eleição (em 2008), mas ele saiu do governo e o prefeito teve que enfrentar o diálogo“.
Segundo a entrevista, o ministro até indicou formas de como pode funcionar o palanque duplo na Bahia, sem desgastes eleitorais. Ele quer continuar a ter acesso direto a Dilma Rousseff, que, em 2008, optou por não participar de nenhuma das duas campanhas, mas dá outra opção: “A outra hipótese é gravar pra um e pra outro, garantir o franco acesso para os dois“.
Com muitas frases irônicas, como é do seu estilo, o ministro elogiou o governador Jaques Wagner, dizendo que ele continua a ser “uma figura extremamente agradável, carinhosa”, exceto no campo político, mas considera que ele terá muito que dar muitas explicações sobre as alianças que está fazendo com políticos como Otto Alencar e César Borges, ex-aliados de Antonio Carlos Magalhães.
E usa contra o governador uma figura que ficou célebre nas últimas campanhas do PT na Bahia, “dona Zete”, aquela dona de casa que ficava mexendo uma panela para criticar a “panelinha” do grupo que estava no governo: “Querido amigo, ele vai ter que explicar a Zete“.
( Leia aqui a íntegra da reportagem)
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