Japão surpreende e vence Camarões

SÃO PAULO - Muito se falou da 'etodependência' de Camarões antes da Copa. Na derrota da equipe africana para o Japão nesta segunda-feira em Bloemfontein ficou evidente que a seleção, que um dia surpreendeu o mundo, já não assusta mais ninguém. E o atacante da Inter de Milão, sozinho, não faz milagre.

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Não que os japoneses tenham sido superiores. Não foram. Mas tiveram a sorte de achar um gol em um dos poucos chutes à meta de Souleymanou. De resto, os nipônicos se concentraram em marcar o ataque pouco criativo camaronês.
Agora o Japão é o vice-líder do Grupo E, com 3 pontos ganhos. A Holanda, com um gol de saldo a mais, lidera. Em um grupo razoavelmente equilibrado Camarões se complicou, já que enfrentará duas seleções fortes nas próximas rodadas: Dinamarca e Holanda. O Japão deve jogar o tudo ou nada contra os escandinavos na última rodada para tentar ser o segundo do grupo, já que enfrenta os holandeses na semana que vem.
O jogo começou na correria e as duas seleções apelavam para as faltas para parar a partida. O Japão tinha uma proposta extremamente defensiva, protegendo a meta de Kawashima, por vezes, com até sete jogadores. Com três atacantes, Camarões sentia falta de um bom meia organizador para servi-los.




Sozinho, Eto'o tentava operar o milagre de jogar por ele e mais 10. Armava, tabelava, chutava, marcava. Cobrava lateral. Discutia com o juiz. Mas sem o auxílio dos companheiros não conseguia fazer muita coisa.
32 do primeiro tempo. E ninguém havia chutado a gol. A redenção nipônica veio com Keisuke Honda, sete minutos depois. O atacante recebeu cruzamento de Matsui na segunda trave, dominou e tocou na saída do goleiro para abrir o placar. Apenas dois chutes para cada lado em 45 minutos.E foi só.
Camarões voltou melhor no intervalo e reagiu no começo do segundo tempo. Eto'o fez grande jogada pela direita, se livrou de três japoneses e tocou para trás. Motingo chutou perto do gol de Kawashima.
Aos 15 minutos, o técnico Paul Le Guen resolveu mexer na equipe para resolver o problema de criação. Emana entrou no lugar de Matip. A substituição melhorou um pouco o padrão de jogo de Camarões, mas foi insuficiente para os africanos chegarem ao gol.
Eto'o continuava lutando. Sozinho. O Japão limitava-se a marcar. Quando ia á frente até tropeçava na bola.No final, o Japão ainda mandou uma bola na trave. Camarões também. Nos acréscimos, Kawashima fez uma defesa milagrosa numa cabeçada de Webo e garantiu a vitória. Em um dos piores jogos da Copa até aqui, ganhar de 1 a 0 foi lucro. Honda foi eleito o melhor do jogo.




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