Montadoras importam aço da China

Tribunadabahia



Muitas montadoras estão recorrendo à China para obtenção de aço, considerado um dos principais insumos da indústria automobilística nacional. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, o setor automotivo é o segundo maior consumidor de aço do País, depois da construção civil, respondendo por cerca de 20% da demanda nacional.
 
“O aço é uma das principais matérias-primas para a indústria automobilística. Um automóvel tem em média 60% de seu peso em aços planos (chapas, lataria) e não planos para autopeças. Portanto, é um dos fatores de formação dos custos industriais dos produtos automotivos”, diz a entidade através da assessoria.

Dentre as montadoras que já estão aderindo às importações, a Volkswagen já anunciou na imprensa que, em virtude dos aumentos do aço no mercado interno, recorreu à China para adquirir o insumo a preço mais baixo.
Segundo especialistas do setor, outros fabricantes também devem realizar a mesma estratégia nos próximos meses. Admite-se que as importações devam aumentar já neste semestre. Outro ponto negativo se dá em razão da dificuldade em realizar contratos de longo prazo com as siderúrgicas nacionais a partir da alteração contratual.
Em relação aos aumentos do aço que estão oscilando entre 8% a 12%, a entidade é categórica: “É claro, portanto, que aumentos dos preços do aço são uma constante preocupação da indústria automobilística, por seus impactos sobre os custos do setor.
A indústria automobilística tem se abastecido predominantemente com o aço nacional, sendo a importação basicamente de alguns tipos específicos da matéria-prima. Os aumentos do minério e o novo sistema - agora trimestral - de reajustes de preços do insumo para a siderurgia por certo pressionamento primeiro os produtores de aço e, depois, os consumidores industriais”, declara.
A Anfavea apontou que a indústria automobilística está atenta aos desdobramentos do aumento. “A indústria vê com preocupação os possíveis efeitos sobre a competitividade do setor, tanto no mercado interno quanto no exterior.
A entidade não pode dimensionar esses efeitos percentualmente sobre o setor, uma vez que as negociações de preços de fornecedores são individualizadas por empresas. Mas a lógica leva a concluir sobre os efetivos impactos sobre os custos de produção dos veículos e seu repasse na ponta, em algum momento, para o mercado consumidor”.

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