Uso inadequado de escova de dentes pode até causar doenças cardíacas

Agência Brasil 

Para tentar amenizar o acúmulo de bactérias, é aconselhável o uso de protetores ou até mesmo guardar as escovas fora do banheiro; troca deve ser a cada quatro meses


Ter uma correta higienização oral é fundamental para a saúde. Escovar os dentes após as refeições – pelo menos três vezes ao dia -, antes de dormir e utilizar o fio dental ajudam a prevenir doenças nos dentes, língua e gengivas. Porém, muitas pessoas esquecem ou não sabem como cuidar corretamente do principal objeto desse processo: a escova.
O cuidado com a escova de dentes é imprescindível. É comum deixá-la exposta na pia do banheiro ou em ambientes úmidos, sem qualquer proteção das cerdas. O problema é que, com esse costume, a pessoa pode levar à boca uma quantidade considerável de bactérias. Quando não está protegida adequadamente, as cerdas expostas acumulam microrganismos lançados no ar, sendo alguns provenientes do vaso sanitário.

A lista de doenças causadas por bactérias acumuladas na escova é grande. Periondontite,candidíasegengivites, cáries e até diarreia. O problema, aparentemente simples, pode agravar e causar doenças graves cardiopatias e pneumonias.
Para tentar amenizar esse acúmulo, é aconselhável o uso de protetores ou até mesmo guardá-las fora do banheiro. O cirurgião-dentista, Marcelo Pimenta, orienta como se deve guardar a escova. “Ela deve ser colocada em um recipiente fechado e a uma distância de pelo menos dois metros do vaso sanitário. É importante, também, deixar a tampa do vazo sanitário sempre abaixada na hora da descarga e quando não estiver em uso”.
Mas tampar o recipiente ou mantê-la em armários fechados resolve o problema apenas em parte. Isso porque ambientes abafados e úmidos podem contribuir para a proliferação de bactérias ou até mesmo aquelas vindas da própria boca.
“Muitas bactérias permanecem vivas nas cerdas da escova por até 24 horas. Por isso, é importante eliminar o excesso de água após o uso, mas nunca utilizando toalhas para secá-la. Borrifar um antisséptico nas cerdas ajuda também. O mais indicado é a clorexidina 0,12%, encontrada em farmácias”, explica o dentista.
A vida útil da escova também é algo a ser levado em conta. Ainda de acordo com o Marcelo Pimenta, a troca deve ser feita a cada quatro meses e o tipo de escova varia do gosto pessoal do usuário.
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Que tipo de escova dental devo usar? 

A maioria dos dentistas concorda que a escova dental de cerdas macias é a melhor para a remoção da placa bacteriana e dos resíduos de alimentos. As escovas com cabeças menores também são mais adequadas, porque alcançam melhor todas regiões da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores, mais difíceis de alcançar. Muitos escolhem a escova elétrica como a melhor alternativa, pois ela limpa com maior facilidade e é particularmente indicada para pessoas que têm dificuldade para higiene bucal ou tem menor destreza manual. 

Qual a importância do creme dental na escovação?

É importante que você use o creme dental mais adequado para você. Atualmente existe uma grande variedade de produtos feitos especialmente para combater cáries, gengivite, tártaro, manchas e sensibilidade. Pergunte ao seu dentista qual o tipo de creme dental mais adequado. 

Quando devo trocar minha escova dental?

Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.
Você está no toalete, retocando a maquiagem, e uma amiga pede: “me empresta o batom?”
Seja o batom, o rímel, a sombra, o delineador, a escova de cabelo, melhor não emprestar. Nem se seja sua maior amiga.
Simplesmente pelo fato de que de uma boca à outra, de um olho ao outro, podem ser transmitidos fungos e bactérias responsáveis por irritações que variam de sensação de ardor e coceira persistente a reações mais sérias como infecções.

“O ideal é utilizar a própria maquiagem. É como a escova de dente. É mais seguro e muito mais higiênico fazer uso exclusivo. Sabemos cientificamente que alguns microorganismos (vírus, bactérias, fungos) podem permanecer vivos fora do organismo e ser transmitidos quando há o contato inadvertido com um objeto contaminado”, diz o oftalmologista Leo Carvalho, membro da Academia Americana de Oftalmologia e diretor do setor de Oftalmologia da Clínica Dom Bosco, de São Paulo.
Não é apenas para evitar problemas dentários, como as cáries, que a higiene bucal diária é importante. Cuidar bem de dentes e gengivas também colabora para a nossa saúde como um todo, já que a boca pode agir como porta de entrada para uma série de outros males.
Vícios como o tabagismo e hábitos como a ingestão de grandes quantidades de café também favorecem o aparecimento de doenças bucais. Por isso, é preciso ficar atento a possíveis riscos para os dentes e para a boca em geral. Confira sete lembretes fundamentais para uma boa saúde bucal:
Bebês não precisam de açúcar 
Deve-se evitar dar às crianças alimentos açucarados, pelo menos até os 2 anos de idade. Como os pequenos ainda não conhecem o sabor do açúcar, a tarefa dos pais é menos árdua: o bebê ainda está se familiarizando com os gostos dos alimentos e, por isso, não estranhará a falta desse ingrediente. Sem a presença dos doces na dieta, fica mais fácil prevenir não só a cárie dentária, mas também a obesidade infantil. É importante lembrar que os cuidados com a boca devem começar antes mesmo do nascimento dos primeiros dentes.

Adultos não devem dividir os talheres com as crianças 
Pais e cuidadores não devem dividir os talheres com as crianças no momento das refeições: como a cárie é uma doença transmissível, as bactérias presentes na boca dos adultos podem contaminar a cavidade bucal das crianças.

Modere o consumo de café 
O hábito de beber café pode causar manchas na superfície dos dentes. Quando a bebida é ingerida entre as refeições e associada ao açúcar, acaba também por potencializar o aparecimento de lesões de cárie.

Refrigerantes de cola podem causar problemas sim 
O uso contínuo de bebidas ácidas, como refrigerantes do tipo cola, pode provocar erosão ácida da superfície dos dentes. Além disso, por conterem grande quantidade de açúcar, essas bebidas também contribuem para um maior risco de cárie.


Para evitar doenças, aposte numa boa escovação 
Uma boa higiene bucal, feita de duas a três vezes ao dia, previamente orientada por um cirurgião dentista, é essencial na prevenção de doenças como a cárie, a gengivite e a periodontite. A escovação remove a placa bacteriana formada sobre os dentes, constituída basicamente por restos alimentares, bactérias e saliva. Quando não devidamente removida, a placa pode causar desmineralização do esmalte dentário, lesões de cárie e gengivite.

Use a própria escova de dentes ou uma escova apropriada para higienizar a língua é essencial na prevenção do mau hálito. Prefira escovas macias e execute movimentos suaves: o hábito de escovar os dentes de forma vigorosa pode provocar abrasões nas estruturas dentárias e recessão gengival, uma condição que expõe as raízes dos dentes, deixando-os mais sensíveis. De preferência à noite, o uso do fio dental uma vez ao dia também é fundamental para a correta limpeza da região entre os dentes.
Use os dentes para mastigar alimentos, e só! 
A onicofagia, nome técnico para o hábito de roer unhas, pode causar desgastes, fissuras e até mesmo fraturas dentárias. Além disso, pode causar dores e disfunções na articulação temporomandibular e nos músculos da face, além de cefaleias. Ações como morder pontas de lápis ou de canetas, abrir embalagens com os dentes, mascar chiclete e bruxismo (apertamento ou ranger de dentes) também podem causar os mesmos problemas. Por isso, lembre-se: os dentes servem para mastigar alimentos, e não outros objetos. Em relação ao bruxismo, o cirurgião-dentista pode auxiliar o paciente com ajustes na oclusão e com o uso placas miorrelaxantes.

Cigarro é pior do que você imagina 
Fumar é um hábito extremamente prejudicial também quando se fala de saúde bucal. O cigarro pode causar manchas na superfície dentária e mau hálito, além de favorecer a periodontite, provocando perda dos tecidos de suporte da estrutura dentária e podendo levar à perda dos dentes. A periodontite aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto, e é também associada com o diabetes, por comprometer o controle metabólico do corpo. O tabagismo pode, ainda, causar câncer de boca, principalmente quando associado a bebidas alcoólicas.

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