A tendência é a queda da Dilma

Jornal de Bebates

O primeiro turno praticamente esgotou a possibilidade de Lula ser o intermediário da confiança na Dilma. Agora, no segundo turno, o debate é entre os dois candidatos e o Lula, por mais que seja popular e por mais que tenha decidido abdicar do papel de Presidente da República para ser cabo eleitoral, não tem como interferir tanto. Dilma, assim, ficará mais exposta. Sua pouca experiência, sua incapacidade de articular claramente as ideias e até mesmo a falta delas em diversos casos, seu temperamento explosivo e avesso à contestação ficarão expostos. O debate da Band foi sintomático.
Mesmo que tenha havido a instrução de ser mais agressiva, ela tendeu a perder o controle, ficou ofegante, misturou coisas, se perdeu em diversos momentos. Dos que aprovaram seu desempenho, parte ainda está influenciada pela imagem anterior, que tende a se dissipar. A isso se soma a degradação moral, a deterioração ideológica e a políticia fisiológica que passou a dominar o PT. Agora mesmo, essa rendição aos fanáticos religiosos, com a traição de princípios, demonstra isso. Deve ter resultados negativos, se o PSDB souber mostrar a farsa e a falta de caráter. Serra está longe de ser um primor de simpatia, mas tem mais história, mas traquejo e mais realizações a mostrar. Creio que o PT forçar a menção ao governo FHC pode ser um tiro pela culatra. Basta a campanha do PSDB criar coragem de enfrentar o monstro, que não é tão feio assim. Afinal, foi no governo FHC que o país criou as condições institucionais, economicas, fiscais e estruturais para que o Lula conseguisse bons resultados. A inflação foi controlada no governo Itamar, sob a liderança de FHC; os programas sociais e de redução de desigualdades começaram com FHC e só mudaram de nome; as mudanças no sistema bancário, que permitiram enfrentar a crise recente, foram feitas sob FHC (Proer); a massificação da educação básica e grande programas educacionais foram iniciados sob FHC; a lei de responsabilidade fiscal, tão combatida pelo PT e agora gostosamente aproveitada, ocorreu sob FHC; mesmo as privatizações, também tão demonizadas, trouxeram resultados importantes (Embraer, telefonia, Vale etc.). Serra também tem o que mostrar, como parlamentar (criação do FAT, por exemplo) e como participante de poder executivo (reestruturação da economia no Estado de São Paulo, como Secretário do Planejamento, genéricos e AIDS, com enfrentamento de grande laboratórios, fumo, enfrentando interesses da imprensa e da indústria, ou Bolsa Alimentação, como Ministro da Saúde, programas sociais, de meio ambiente, virada cultural, apoio à juventude, como Prefeito e Governador de São Paulo). A tendência, assim, é de inversão. Queda da Dilma e subida do Serra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo hoje é

Distrito de Barra Avenida

Distrito de Barra Avenida
Nucleo CIPAM/UESB